A Prefeitura do Rio inaugurou neste domingo (31/03) o Terminal Magarça, em Guaratiba, que faz parte do corredor Transoeste, o primeiro instalado na capital, em 2012. O equipamento é um dos quatro terminais que estão sendo construídos na cidade, a partir da ampliação de antigas estações. Curral Falso, Mato Alto e Pingo d´Água estão em obras atualmente.
A abertura do novo Terminal Magarça acontece três meses após a inauguração da Nova Transoeste, que teve 31 quilômetros de calhas revitalizadas. Com a recuperação das pistas, a Prefeitura do Rio buscou dar mais conforto e segurança aos cariocas e iniciou a transformação de estações em terminais, um investimento de R$ 180 milhões.
Participaram da inauguração o secretário municipal da Casa Civil, Eduardo Cavaliere; as secretárias municipais de Infraestrutura, Jessick Trairi, e de Transportes, Maína Celidônio; a diretora-presidente da MOBI-Rio, Claudia Secin, e o subprefeito da Zona Oeste, Diogo Borba.
– O sistema de BRT estava completamente destruído. Na perspectiva da população era praticamente impossível retomar o serviço. Hoje, são mais de 700 ônibus novos comprados e rodando pela cidade, os amarelinhos. A Transoeste está toda reconstruída, tem os novos terminais. Hoje a gente inaugura o terminal Magarça, mas vem mais por aí, os terminais Mato Alto, Pingo d’Água e Curral Falso. Ontem tivemos a primeira viagem na Transbrasil, um dia histórico, que inaugura um novo capítulo da história dos transportes do Rio de Janeiro – disse Eduardo Cavaliere.
O Terminal Magarça ganhou um novo módulo, conectado ao já existente, e um terminal alimentador de ônibus e vans, vindos da Estrada do Magarça. No local foi construído ainda um estacionamento exclusivo para 250 bicicletas.
– Foi feita a urbanização de 14 mil metros quadrados, temos uma área enorme urbanizada e, além disso, duplicamos a capacidade da estação. É um esforço para levar o conforto que a Zona Oeste merece ao embarcar e desembarcar dos novos amarelinhos – disse Jessick Trairi.
Secretária de Transportes, Maína Celidônio reforça que o novo terminal dará mais conforto aos usuários:
– O terminal é uma duplicação da estação, agora temos um módulo de serviço expresso, com mais conforto para o usuário, que vai viajar com mais qualidade e ter uma opção de transporte mais rápida. Temos ainda um bicicletário aqui, muito importante porque muita gente vem para cá de bicicleta.
As obras dos outros três terminais seguem a pleno vapor. No Mato Alto já existe a estrutura dos novos viadutos, e a passarela, que vai receber usuários de Sepetiba e Campo Grande, está pronta para uso. Parte da estação antiga foi desmontada para a construção da nova instalação, que será integrada por dois terminais de ônibus e vans. O projeto ainda prevê retornos para veículos comuns e o bicicletário com capacidade para 250 vagas.
O novo Terminal Pingo D’Água vai ter 17 mil m² (hoje são 2 mil m²) e substituirá a estação de mesmo nome, com integração entre ônibus alimentadores e vans, oriundos da Estrada da Pedra e da Avenida Dom João VI. Já foram concluídas as melhorias no sistema de drenagem no entorno do novo terminal e as fundações. Em virtude do alto tráfego de ciclistas na região de Guaratiba, o novo bicicletário com capacidade para 600 bikes está em execução.
Para a implantação do Terminal Curral Falso, a antiga estação de apenas 300 m² foi demolida, dando lugar a outra 56 vezes maior, com 16 mil m². Enquanto durarem as obras, uma estação provisória permanecerá em funcionamento. Serão construídos um terminal alimentador para a integração entre ônibus e vans vindos da Estrada de Sepetiba e da Avenida Cesário de Melo e uma passarela de acesso ao novo terminal. Também haverá melhorias nos sistemas viário e de drenagem no entorno e a instalação de uma parada para 400 bicicletas.
Primeiro corredor da cidade, Transoeste foi totalmente recuperado
Em dezembro de 2023, a Prefeitura do Rio entregou uma Nova Transoeste ao carioca. Foram revitalizados 31 quilômetros da calha do BRT, onde o pavimento de asfalto foi substituído por concreto. Os trabalhos, executados pela Secretaria de Infraestrutura, aconteceram na pista desde o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, até o túnel Vice-Presidente José Alencar, na Grota Funda, continuando depois da saída do túnel em direção ao futuro Terminal Pingo D’Água, em Guaratiba. Os investimentos ultrapassaram R$ 221 milhões, e as obras levaram 18 meses, gerando 4.400 empregos diretos e indiretos. Para a conclusão do trabalho foram utilizados 52.800 m³ de concreto, o que daria para encher 28 piscinas olímpicas.
Recuperação do sistema BRT completa três anos com ganhos em capacidade e redução de intervalos de viagens
O município retomou a gestão do Sistema BRT, e a iniciativa resultou na renovação total da frota de articulados, na reforma de todas as estações, na implantação de medidas de segurança, na recuperação do pavimento do corredor Transoeste e na entrega das obras do corredor Transbrasil e dos Terminais Gentileza e Deodoro. Essas ações garantiram melhorias robustas para a população que usa diariamente o serviço de transporte de alta capacidade. Por conta disto, foi registrado um aumento de 150% no número de passageiros transportados e uma diminuição de até 72% nos intervalos de viagens nos corredores de alta capacidade.
Formalizada por decreto em 23 de março de 2021, a intervenção da Prefeitura do Rio na empresa privada BRT S/A, concessionária que operava o modal, foi seguida de uma série de medidas de requalificação do serviço prestado à população. Três anos depois, os números traduzem uma nova realidade para quem utiliza o sistema. Com a nova frota de articulados, estações reformadas e mais segurança, os passageiros voltaram a confiar no BRT. Quando a Prefeitura do Rio assumiu a gestão municipal do BRT, a média diária de passageiros era de 150 mil pessoas. Hoje já são cerca de 375 mil, ou seja, um aumento de 150%.
Antes da intervenção, o sistema dispunha de 120 ônibus em operação nos três corredores. Atualmente, a nova frota é mais de quatro vezes maior: 515 amarelinhos novinhos rodando. Toda a frota comprada para o sistema totaliza 713 ônibus. Com mais ônibus circulando, os passageiros esperam menos tempo nas estações. Na Transoeste, último corredor a receber os novos Euro 6, com tecnologia menos poluente, a redução dos intervalos nos horários de pico foi de até 72%. Na Transcarioca, o índice foi de 59% e, na Transolímpica, de 63%.
Ao assumir o Sistema BRT, a Prefeitura encontrou ainda 46 estações fechadas por causa de vandalismo e furtos de equipamentos. Ao fim de 2021, essas estações foram reformadas e reabertas. Atualmente, todas as 120 estações do sistema encontram-se revitalizadas, trazendo mais conforto aos passageiros.
Casos de vandalismo nas estações caíram 90%
Neste tempo, houve uma redução nos casos de vandalismo nos articulados. No início da gestão, 80% da frota era atacada mensalmente. Hoje, isso ocorre em apenas 10%. Os novos ônibus têm mecanismos mais robustos nas portas e alçapões, não se movimentam com as portas abertas e são monitorados por câmeras internas, inclusive na cabine do motorista, e tem ainda uma câmera externa, no vidro frontal do veículo. Além disso, os próprios passageiros alertam os motoristas, que acionam o Centro de Controle Operacional e os agentes do BRT Seguro para informar as ocorrências.
Nas estações, a diminuição do vandalismo foi de 90%. Essa redução se deve à reforma delas, com instalação de mecanismos que dificultam depredações, como substituição de painéis e portas de vidro por chapas de aço vazadas e fiação embutida; ao monitoramento da MOBI com câmeras de segurança; e ao trabalho do BRT Seguro.
Programa BRT Seguro atua com 400 agentes por dia
Responsável pelo patrulhamento nos ônibus, estações e terminais do sistema BRT com a presença de agentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal, o Programa BRT Seguro, da Secretaria de Ordem Pública, foi lançado em junho de 2021 e já realizou mais de 3.100 prisões por roubo, furto, vandalismo, desacato e importunação sexual. Também foram aplicadas mais de 16.750 multas por calote. Atualmente, 400 agentes atuam por dia no programa.