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Em homenagem ao Mato Grosso do Sul, Arquivo Público Estadual faz exposição sobre os símbolos estaduais

O Arquivo Público Estadual, unidade da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), abre a temporada expográfica “Os Celeiros de Farturas”, sobre o processo de construção dos símbolos estaduais de Mato Grosso do Sul. A exposição, realizada em comemoração aos 47 anos de criação do Estado, tem início na quinta-feira (10).

O evento faz parte das ações do Arquivo Público Estadual de MS, com uma temporada expositiva alusiva às comemorações estaduais do mês de outubro. No dia 11 de outubro de 1977 foi assinada a Lei Complementar n° 31, que criou o Estado de Mato Grosso do Sul, a partir da “divisão” ou “desmembramento” das áreas antes pertencentes ao estado de Mato Grosso.

O estado de Mato Grosso do Sul foi oficialmente instalado no dia 1° de janeiro de 1979, sendo que no período entre a criação e a instalação de fato, Mato Grosso do Sul ainda era parte do Mato Grosso, marcando essa transição por ações que eram organizadas a partir de Campo Grande – então futura capital de MS – entre elas, articulações e organização do futuro governo, bem como, a escolha de seus símbolos – o brasão de armas, a bandeira e o hino do novo estado.

A temporada expositiva tem foco nesta escolha, a qual passou por um concurso que escolheu o brasão de armas e a bandeira, bem como da construção do hino do Estado. O objetivo é também contar a história do processo de construção dos símbolos (bandeira, brasão e hino) de Mato Grosso do Sul, por meio de exposição de documentos originais, cartas, rascunhos, documentário, a primeira bandeira e textos explicativos.

A programação começa às 8h30, com execução do hino nacional e hino estadual pela Banda Marcial da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, com hasteamento de bandeiras na entrada do prédio do Memorial da Cultura e da Cidadania Apolônio de Carvalho. A exposição “Os Celeiros de Farturas” –  o processo de criação um novo estado e de seus símbolos, será aberta às 9h, no Arquivo Público Estadual, que fica no segundo andar do Memorial da Cultura e da Cidadania.

Para ilustrar esse recorte temporal (1977-1979), foram utilizados acervos documentais do Arquivo Público de Mato Grosso do Sul, acervos provenientes de outras instituições parceiras, como o Instituto Histórico e Geográfico de MS e o Centro de Documentação Regional da UFGD, além do acervo pessoal do Sr. Carlos Iracy Coelho Neto e acervos digitais do jornal Correio do Estado e da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. A pesquisa e curadoria são de Douglas Alves da Silva, Elisangela Castedo Maria do Nascimento, Marcos Vinícius Santos de Castro, Paulo Edyr de Camargo e Sarita Souza dos Santos.

O curta-documental “Hino – Glória e tradição de uma gente audaz” (debate ao final da exibição com a participação de Lizandra Gomes, Carlos Iracy Coelho Neto, Lenilde Ramos e Tereza Gonçalves), será exibido às 10h no Museu da Imagem e do Som, que fica no terceiro andar do Memorial da Cultura e da Cidadania.

Logo após a criação de Mato Grosso do Sul, em 11 de outubro de 1977, um concurso foi lançado para escolher o hino oficial do recém-criado Estado. Porém, a história conta que nenhum texto agradou o suficiente a comissão julgadora, assim às vésperas do dia 1º de janeiro de 1977, no recesso de Natal, um grupo de pessoas foi chamado às pressas para compor a letra do hino, sobre uma partitura do maestro gaúcho Radamés Gnattali, que seria tocada na cerimônia do dia 1º de janeiro de 1979, no teatro Glauce Rocha. Quase 40 anos após, vozes das ruas e personalidades que viveram ou estudaram a época apresentam opiniões e até outras versões sobre a criação do hino e trazem a reflexão se há “Glória e Tradição” quando se fala no hino oficial de Mato Grosso do Sul.

A direção e roteiro são de Guilherme Cavalcante, Lizandra Moraes e Marcia Furtado; produção e pesquisa: Silvana Rocha Silva, Fabiana Christine Ferreira Rocha, Deborah Rossi Otto, Marcia Furtado, Lizandra Moraes e Guilherme Cavalcante; edição: Marinete Pinheiro; finalização: Carlos Diehl.

A exposição “Os Celeiros de Farturas” vai ficar aberta ao público até 15 de janeiro de 2025. O Arquivo Público Estadual fica no segundo andar do Memorial da Cultura e da Cidadania Apolônio de Carvalho, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Centro. Os telefones de contato são  (67) 3316-9167/9139 e o e-mail: [email protected].

Karina Lima, FCMS
Fotos: Ricardo Gomes