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Ataque dos EUA ao Irã viola direito internacional, avalia Rússia

Por MRNews

A Rússia condenou “veementemente” os ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã, após recentes ofensivas de Israel à nação iraniana, informou neste domingo (22) o Ministério das Relações Exteriores russo.

“Esta decisão imprudente de lançar ataques aéreos e com mísseis contra o território de um Estado soberano, independentemente das justificativas apresentadas, constitui flagrante violação do direito internacional, da Carta da ONU e de resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU, que tem consistente e inequivocamente considerado tais ações inaceitáveis. Particularmente preocupante é o fato de os ataques terem sido executados por um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”, afirma comunicado da chancelaria russa.

Para o governo russo, as consequências desta ação, incluindo potenciais efeitos radioativos, ainda não foram determinadas. “No entanto, já é evidente que uma escalada perigosa está em andamento, que ameaça desestabilizar ainda mais a segurança na região e no mundo. Isso aumentou drasticamente a probabilidade de um conflito maior no Oriente Médio, uma região já assolada por inúmeras crises”, diz o texto.

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A chancelaria russa destaca que os ataques às instalações nucleares iranianas representaram um “golpe substancial” no regime global de não proliferação construído em torno do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). “Eles minaram significativamente tanto a credibilidade do TNP quanto a integridade dos mecanismos de monitoramento e verificação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que o sustentam.”

“Esperamos que a liderança da AIEA responda prontamente, profissionalmente e com transparência, evitando linguagem vaga ou tentativas de se esconder atrás de ‘equidistância’ política. É necessário um relatório imparcial e objetivo do diretor-geral, a ser submetido à consideração na próxima sessão especial da Agência”, acrescenta o governo russo.

Ainda segundo a Rússia, o Conselho de Segurança da ONU também deve assumir uma posição firme, e “ações de confronto e desestabilizadoras” tomadas pelos Estados Unidos e Israel devem ser rejeitadas coletivamente.

“Apelamos ao fim imediato da agressão e à intensificação dos esforços para que a situação retorne a um caminho pacífico e diplomático” completa o ministério russo.

Irã e Israel trocam acusações na ONU e reafirmam direito à defesa

Agência atômica da ONU convoca reunião de emergência para esta segunda

O governo brasileiro também condenou com “veemência” ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, “em violação da soberania do Irã e do direito internacional”.

Conflito

Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

Neste sábado (21), os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã.

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.

Apesar de Israel não aceitar que Teerã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.
 

Guterres alerta sobre ciclo de represália após EUA bombardearem o Irã

Por MRNews

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse neste domingo (22) que o bombardeio às instalações nucleares iranianas por parte dos Estados Unidos é uma mudança perigosa em uma região que já está em crise. Guterres abriu a reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, convocada para a tarde de hoje.

“A população da região não aguenta outro ciclo de destruição, mas, agora, corremos o risco de cair em um ciclo de represálias e mais de represálias. E, para evitá-las, temos que apostar na diplomacia, proteger os civis e garantir uma navegação segura”, defendeu o secretário-geral.

Não proliferação de armas nucleares

António Guterres declarou ainda que é necessária uma solução confiável, ampla e verificável que restaure a confiança mundial, em relação à não proliferação de armas nucleares. Segundo ele, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), da ONU, devem ter pleno acesso às instalações nucleares do Irã. “O tratado de não proliferação [nuclear] é pedra angular da paz e da segurança internacional. O Irã deve acatá-lo plenamente.”

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O secretário-geral destacou que desde o início da crise tem condenado, em reiteradas ocasiões, qualquer escala militar no Oriente Médio. E lembrou que há dois dias fez um chamado direto na mesma sala do Conselho de Segurança das Nações Unidas para que dessem uma oportunidade à paz. Mas o que ocorreu foi justamente o contrário. “Temos que trabalhar de maneira imediata e decisiva para frear os enfrentamentos e voltar às negociações com seriedade e com constância sobre o programa nuclear iraniano.”

Paz mundial

O secretário-geral da ONU reafirmou que as Nações Unidas estão dispostas a apoiar qualquer esforço para conseguir uma resolução pacífica, porém a paz não pode ser imposta e, sim, escolhida.

“Estamos em frente a uma decisão muito clara. Um caminho nos conduz a mais guerra, mais sofrimento humano e danos muito graves à ordem internacional. E outro caminho nos conduz a uma distensão, diplomacia, diálogo. Sabemos qual é o caminho correto”, disse.

O secretário-geral pediu a todos os membros do Conselho de Segurança que ajam com sensatez e urgência. “Não podemos perder a esperança de alcançar a paz.”

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Conselho de Segurança da ONU convoca reunião de emergência sobre o Irã

Por MRNews

O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião de emergência, neste domingo (22), após o ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irã, para avaliar as ameaças à paz e à segurança internacionais.

O encontro, em Nova York, será realizado após o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, apelar para que o Conselho de Segurança da ONU convocasse a reunião.

“A República Islâmica do Irã apela ao Conselho de Segurança para que convoque uma sessão de emergência para condenar inequivocamente o ato criminoso de agressão dos Estados Unidos contra o Irã e para responsabilizar o governo de Washington por suas violações dos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e das normas do direito internacional”, disse o ministro.

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A previsão é que a reunião comece às 16h (horário de Brasília), com transmissão pela TV da ONU. Esta é a terceira reunião solicitada pelo Irã, desde que Israel atacou o país persa. A primeira foi realizada no dia 13. Nenhuma das sessões anteriores resultou em uma resolução ou mesmo numa declaração conjunta.

Em discurso em Istambul (Turquia), ao pedir a convocação da reunião de emergência, o principal diplomata do Irã declarou que seu país reserva todas as opções para defender sua segurança.

“A República Islâmica do Irã continua a defender o território, a soberania, a segurança e o povo do Irã por todos os meios necessários, não apenas contra a agressão militar dos EUA, mas também contra as ações imprudentes e ilegais do regime israelense.”

O chanceler disse ainda que os EUA cruzaram uma enorme linha vermelha com o ataque às instalações nucleares. Ele acrescentou que Teerã não pode retornar à diplomacia enquanto estiver sob ataque de Israel e dos Estados Unidos.

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Araqchi disse que o Irã avalia as opções de retaliação e que consideraria a diplomacia somente após implementar sua resposta aos ataques americanos a instalações nucleares do seu país.

O chanceler iraniano anunciou que viajará à Rússia, com quem a república islâmica mantém parceria, e se encontrará com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (23).

Abbas Araqchi solicitou ainda que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se reúna imediatamente. “Apelamos ao Conselho da AIEA para que se reúna imediatamente e cumpra sua responsabilidade legal, em resposta ao perigoso ataque dos EUA às instalações nucleares pacíficas do Irã, todas as quais estão sob total salvaguarda e monitoramento da agência”, cobrou o iraniano.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ter destruído as principais instalações nucleares do Irã em ataques durante a noite com enormes bombas destruidoras de bunkers, juntando-se a um ataque israelense em uma nova e significativa escalada do conflito no Oriente Médio.

Teerã respondeu com uma grande quantidade de mísseis contra Israel, que feriram dezenas de pessoas e destruíram prédios no centro comercial de Tel Aviv, capital administrativa e financeira de Israel.

*Com informações da agência Reuters

Construção de estradas impacta mangue amazônico

Por MRNews

No nordeste do Pará, a rodovia PA-458 divide a paisagem. De um lado, árvores que chegam a 30 metros de altura. Do outro, as mesmas espécies não passam de 3 metros. As dimensões podem enganar, mas a rota não corta a floresta amazônica e, sim, uma região de mangue, mais especificamente um trecho da maior extensão contínua de manguezal do mundo.

Basta olhar para o pé das árvores para notar as grandes raízes fixadoras, que se parecem com patas de aranhas que superam a altura de uma pessoa, e as muitas raízes aéreas, que emergem da lama como milhares de galhos cravados no solo.

Área de manguezal na Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu monitorada pelo projeto Mangues da Amazônia. Fernando Frazão/Agência Brasil

Coordenador-geral do projeto Mangues da Amazônia, o professor titular da Universidade Federal do Pará (UFPA) Marcus Fernandes afirma que, nesses ambientes, as estradas são as maiores vilãs. Além de 90% das vias não pavimentadas estarem a 3 km das áreas de mangue, rodovias como a PA-458 impedem que a água escorra por todo o ecossistema, o que seca a lama, essencial para sua vegetação. Com isso, as árvores têm dificuldades para crescer e se desenvolver, o que pode levá-las a morte.

A obra da rodovia PA-458, que liga o município de Bragança à praia de Ajuruteua, começou na década de 1970 no governo de Fernando Guilhon, mas foi concluída apenas em 1991, na gestão do então governador Jader Barbalho, que atualmente é senador pelo MDB. O objetivo era escoar a produção de pesca e melhorar a acessibilidade das comunidades locais.

Segundo Fernandes, a rodovia é considerada um dos maiores impactos na região, na porção amazônica desse ecossistema, atingindo 200 hectares de mangue, o equivalente a cerca de 180 campos de futebol. 

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Com dimensões superlativas, o manguezal amazônico é também de difícil acesso. A abertura de estradas, principalmente as não pavimentadas, é o que possibilita a entrada nesse ecossistema. Se, por um lado, ajuda as populações locais, por outro, facilita a exploração dos mangues também de forma prejudicial. “Esse é o grande avanço silencioso em direção ao manguezal. Eu tiro caranguejo e ninguém me vê, corto madeira e ninguém vê”, diz o professor.  

Além de facilitar o acesso, as estradas causam, por si só, impacto, como o observado ao longo da PA-458. “Esse barramento de água fez com que esse mangue morresse”, diz o biólogo Paulo César Virgulino, um dos coordenadores do projeto Mangues da Amazônia. “Aqui, não era vegetado, tinham troncos da floresta antiga que morreu”.

O biólogo Paulo César Virgulino, coordenador de planejamento de manguezais do projeto Mangues da Amazônia, em área de reflorestamento. Fernando Frazão/Agência Brasil

Virgulino se refere a um trecho, ao longo da rodovia PA-458, de 14 hectares ─ o equivalente a quase 13 campos de futebol. Nesse local, onde antes havia tocos de árvores, foi o trabalho de projetos de recuperação do mangue, que possibilitou a volta da vegetação ao local.

Desde 2005, o professor Marcus Fernandes trabalha na região. Na época, não havia plantios específicos para o mangue e foi preciso importar técnicas da Ásia. A ideia é que um solo plantado é também capaz de reter mais a água que chega, ainda que em volume menor que o de antes. A redução do acesso à água faz com que as plantas não se desenvolvam plenamente e formem a denominada floresta anã, mais baixa que a vizinha, do outro lado da estrada, com maior acesso hídrico. 

“A gente tem uma floresta que ainda não é a ideal, mas já é muito melhor do que não ter. Aquele ambiente totalmente nu, aquele solo nu que parecia um sertão no verão, já não tem mais”, diz Virgulino.

Mangues e a água

O caso da rodovia PA-458 é um exemplo da fragilidade do ecossistema e dos impactos que a privação do acesso à água pode gerar em manguezais. O projeto Mangues da Amazônia trabalha com o mapeamento dos mangues, com o reflorestamento e também com a sensibilização das populações que vivem próximas aos manguezais e que deles tiram o sustento de suas famílias. O projeto atua nos municípios paraenses de Tracuateua, Bragança, Augusto Corrêa e Viseu, que abrigam, respectivamente, as reservas extrativistas (resex) Resex Marinha de Tracuateua, Resex Marinha de Caeté-Taperaçu, Resex Araí-Peroba, e Resex Gurupi-Piriá.

Para recuperar o mangue, são usadas diferentes técnicas de plantio. Uma delas é o cultivo de mudas em viveiros, que, posteriormente, são plantadas em áreas degradadas. O projeto conta com dois viveiros, cada um com capacidade para 20 mil mudas. Na Vila do Tamatateua, Moisés Araújo, de 44 anos, atua como agente social do projeto, mobilizando a comunidade e cuidando do viveiro.

“A gente morava em torno do mangue e não tinha consciência da importância dele. Muitas vezes, a gente que mora próximo do mangue acha que o mangue é só para tirar o caranguejo, tirar o sustento, tirar o sururu, e ninguém deve fazer nada. A partir do projeto, a gente passou a ter essa consciência de que, além de tirar o sustento, a gente tem que preservar, a gente tem que que reflorestar”, conta.

O agente social do projeto Mangues da Amazônia Moisés Araújo, na Vila do Tamatateua, na área da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu. Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo Araújo, o viveiro é um projeto para o futuro da sociedade. “A partir do momento que a gente usa o mangue de forma não sustentável, a gente está esquecendo que tem outras gerações que podem precisar. Então, o ideal é que a gente tire de forma sustentável, tendo consciência de que outras pessoas precisam”.

Atuando há 20 anos na recuperação do mangue, ele já percebe os resultados. “Mais adentro, tinha um grande espaço degradado que, hoje, a gente vê todo cheio. A gente anda daqui para lá e vê a presença de caranguejo e de muitos outros animais”, diz.

Os viveiros recebem também a visita de escolas que ajudam no plantio de mudas e usam o espaço para educação ambiental. Clarice dos Santos, de 17 anos, e Taynara da Silva, de 15 anos, participaram pela primeira vez do projeto. Embora vivam próximas ao mangue, não conheciam de perto as especificidades da vegetação e nunca tinham participado de um plantio.

“Eu achei muito importante para nós. Às vezes, estão desmatando muito, e é importante plantar, para estar sempre lindo assim do jeito que ele é”, diz Taynara.

“Uma experiência muito legal, que eu nunca ia saber se não tivesse vindo. Eu quero passar a ajudar nesse projeto”, concorda Clarice.

 

A estudante Taynara da Silva trabalha no viveiro de mudas de mangue do projeto Mangues da Amazônia da Vila do Tamatateua, na área da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu. Fernando Frazão/Agência Brasil

Mangues na Amazônia

Os manguezais são áreas úmidas que estão entre o mar e a terra firme. As espécies vegetais e animais que ali vivem são resistentes ao fluxo das marés e ao sal. As raízes densas dos manguezais ajudam a estabilizar o solo, prevenindo a erosão costeira causada por ondas e correntes marítimas. Além disso, a vegetação densa age como uma barreira natural, reduzindo o impacto de tempestades e furacões, protegendo as áreas costeiras e as comunidades próximas. 

Os manguezais são ainda ecossistemas com alta capacidade de sequestrar e armazenar carbono atmosférico, contribuindo significativamente para a mitigação das mudanças climáticas. 

 

Vista de um braço do Rio Caeté em área de manguezal na Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu monitorada pelo projeto Mangues da Amazônia. Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil é o segundo país com maior extensão de manguezal, com 14 mil quilômetros quadrados (km²) ao longo da costa, ficando atrás apenas da Indonésia, com cerca de 30 mil km². 80% dos manguezais em território brasileiro estão distribuídos em três estados do bioma amazônico: Maranhão (36%), Pará (28%) e Amapá (16%).

De toda a extensão amazônica, a maior parte está em 120 unidades de conservação que abrangem 12 mil km², 87% do ecossistema em todo o Brasil. Isso faz com o que o Brasil tenha o maior território contínuo de manguezais sob proteção legal de todo o mundo, de acordo com os dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

*A equipe da Agência Brasil viajou à Bragança entre os dias 11 e 14 de junho para conhecer o projeto Mangues da Amazônia, a convite da Petrobras, patrocinadora do projeto.

Iêmen ameaça barcos dos EUA no Mar Vermelho se país atacar Irã

Por MRNews

As Forças Armadas do Iêmen ameaçaram neste sábado (21) atacar barcos dos Estados Unidos (EUA) que trafeguem no Mar Vermelho caso o governo de Donald Trump decida entrar diretamente na guerra entre Israel e Irã.

Em comunicado, o porta-voz do Exército do Iêmen, Yanya Saree, disse que os militares estarão de prontidão para atacar os navios comerciais e de guerra dos EUA na região.

“Se os americanos estiverem envolvidos com o inimigo israelense em um ataque contra o Irã, as Forças Armadas do Iêmen atacarão seus barcos e navios de guerra no Mar Vermelho. As Forças Armadas estão acompanhando, monitorando toda as ações na região, incluindo movimentos hostis contra nosso país”, disse Saree em uma rede social. 

EUA promete ataques ainda maiores caso Irã reaja a bombardeio

Caminhada de mulheres lésbicas protesta contra violências e racismo

Ainda neste sábado, a agência de notícias Reuters informou que bombardeiros B-2, capazes de perfurar bunkers (estruturas geralmente subterrâneas, projetadas para proteger pessoas e equipamentos de ataques militares) deslocam-se para a Ilha de Guam, no Pacífico, segundo autoridades americanas ouvidas pelo veículo. A informação tensiona o Oriente Médio ante a expectativa da entrada de Washington na guerra. 

O Iêmen diz que apoiará qualquer país árabe ou islâmico que esteja exposto à agressão de Israel ou em apoio à resistência dos palestinos. “Não abandonaremos nossos irmãos na Faixa de Gaza e não permitiremos que esta entidade criminosa apoiada pelos Estados Unidos implemente seus planos na região”, acrescentou o porta-voz do governo liderado pelos houthis, no Iêmen.

Os houthis têm atacado embarcações no Mar Vermelho em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, além de lançarem, eventualmente, mísseis em direção a Israel. Em maio, os houthis fecharam acordo com os Estados Unidos para não atacar navios daquele país, limitando sua ação contra embarcações israelenses.

Bombardeios B-2

Segundo a Reuters e outros veículos internacionais, como o New York Times, aviões B-2, que podem transportar armamentos capazes de destruir alvos subterrâneos profundos, estão sendo deslocados para o Pacífico. Especialistas alertam que tais aeronaves poderiam ser usadas para atingir instalações do programa nuclear do Irã.

Trump anuncia ataque a três usinas nucleares do Irã

Apocalipse; Daniel Mastral previu Guerra entre Irã e Israel com envolvimento dos EUA

Donald Trump disse que decidiria, em até duas semanas, a posição dos EUA de entrar, ou não, diretamente na guerra entre Israel e Irã.

Enquanto isso, Tel-Aviv informou neste sábado que assassinou o comandante da Força Quds do Irã, Behnam Shariyari, que cuida das relações com milícias apoiadas pelo país no Oriente Médio, como o Hezbollah e o Hamas.

Israel ainda informou que bombardeou novamente a unidade nuclear na província de Isfahan. Esta é a quinta instalação do programa nuclear do Irã atacada por Israel. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que, apesar de, por enquanto, não ter identificado vazamentos radioativos, há riscos de vazamentos com graves consequências, não só para o Irã, mas para países vizinhos. 

A guerra entre Israel e Irã entra no nono dia, com a morte de mais de 430 iranianos e cerca de 30 israelenses, segundo estimativas oficiais dos dois países.

Conflito

Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual Irã é signatário. 

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã. 

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.  

Apesar de Israel não aceitar que o Irã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas. 

Caminhada de mulheres lésbicas protesta contra violências e racismo

Por MRNews

Como parte das atividades da semana da diversidade que precede a 29ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, foi realizada neste sábado (21) a 23º Caminhada de mulheres lésbicas e bissexuais de São Paulo. Com concentração no Largo do Paissandú, às 13h, o grupo caminhou até a Praça da República com o objetivo de trazer visibilidade às lutas das mulheres lésbicas e bissexuais para direitos, cidadania e reconhecimento de sua existência.

O evento contou com saudações de organizações, coletivos lgbt+, feministas, representantes do poder público, de entidades da sociedade civil, além de atrações musicais.

“A ideia da caminhada surgiu em 2003 a partir do Seminário Nacional de Lésbicas que decidiu sair das discussões e fazer um ato publico. Mulheres saindo em caminha para visibilizá-las dentro desse semana da diversidade, porque até então não eram tão vistas. Foi para lutar por visibilidade que seguimos carregando a nossa bandeira em um dia de luta e diversão para celebrar nossa existência, nossa, vida e reivindicar nossos direitos”, disse Cinthia Abreu, organizadora da caminhada.

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De acordo com a organização, em sua 23ª edição, a Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo se consagra como um dos principais marcos de luta e visibilidade de mulheres lésbicas e mulheres bissexuais no mês do Orgulho LGBTQIA+ na cidade, consolidando-se como um potente ato político de resistência e insurgência. 

“Seguimos ocupando as ruas em defesa intransigente da democracia e contra todas as formas de opressão: o patriarcado, o sexismo, o racismo, a lesbofobia e a bifobia. Caminhamos firmes, coletivamente, afirmando nossas existências, nossas resistências e nossas conquistas. Exigimos  justiça, dignidade e plenos direitos para todas as mulheres lésbicas e bissexuais”.

Manifesto

Durante o ato, foi lançado o Manifesto 23ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo 2025 Por uma vida livre das violências e do racismo! Em defesa da democracia e sem anistia aos golpistas!, dizendo que “a lesbofobia e o racismo não apenas se entrecruzam, mas operam como forças estruturais de exclusão que violentam diariamente, principalmente as mulheres negras lésbicas e nossa comunidade como um todo, negando-lhes o acesso à educação de qualidade, ao mercado de trabalho e à cidadania”.

Segundo do manifesto, as políticas públicas não protegem e ignoram essas pessoas, já que casos de lesbocídios crescem exponencialmente a cada ano. “Nesses casos, o silêncio e a invisibilidade imperam permitindo e também promovendo crimes de ódio com requintes de crueldade. Vamos honrar suas memórias tanto neste manifesto quanto em todas as nossas lutas diárias, como mulheres que poderiam, e ainda podemos, ter o mesmo destino que elas. Recusamos esse cenário para as nossas vidas e para toda a sociedade”, afirma o texto.

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Direitos

A diarista Luciana Cabral, 42 anos, participou da caminhada ao lado da companheira e professora de educação física Paloma Cesáreo Cabral, de 39 anos.

Elas são casadas há duas décadas e entendem como essencial a participação em atos públicos.

“É o terceiro ano que a gente vem. Estamos aqui pela política de sobrevivência, direitos e permanência, pelo direito de ser quem a gente é”, destaca Luciana.

Paloma também lembra da importância do diálogo com as famílias. Ela conta que alguns parentes invalidam o sentimento existente entre mulheres lésbicas: “Estamos casadas há 20 anos e eles ainda estão esperando a gente virar amiga.”

Para a cineasta Alice Leal Chiappetta, 24 anos, a caminhada é uma oportunidade de levar para as ruas uma luta que não pode ficar restrita às redes sociais. “Precisamos dessa união política, essa humanização de nós mesmas, nos conhecermos para fora das redes, entender tudo que as mais velhas já lutaram e não perder isso”, ressalta. 

Calderano busca dois títulos em torneio na Eslovênia

Por MRNews

O brasileiro Hugo Calderano pode encerrar o fim de semana campeão em dose dupla. Neste domingo (22), o número 3 do ranking da WTT (sigla, em inglês, para Tênis de Mesa Mundial) enfrenta o francês Alexis Lebrun (12º) às 6h40 (horário de Brasília), pela semifinal da chave individual do WTT Star Contender de Liubliana, na Eslovênia. A final, caso ele vença, será disputada às 13h do mesmo dia.

Além disso, o carioca de 28 anos decide, às 8h30, o título de duplas mistas do torneio, ao lado de Bruna Takahashi. A parceria brasileira terá pela frente os sul-coreanos Lim Jonghoo e Shin Yubin, medalhistas de bronze na Olimpíada de Paris e no Campeonato Mundial deste ano, em Doha, no Catar.

Neste sábado (21), Hugo esteve duas vezes em ação, ambas pela chave individual. No primeiro confronto do dia, ele superou Kao Cheng-Jui (23º), de Taipei, por 3 sets a 2, com parciais de 9/11, 11/8, 6/11, 11/8 e 11/5. Depois, nas quartas de final, o carioca bateu o croata Tomislav Pucar (37º) por 3 a 0 (11/4, 11/6 e 11/8). O brasileiro é o atual campeão do torneio.

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Na disputa individual feminina, Bruna Takahashi não teve a mesma sorte. Número 17 do mundo entre as mulheres, a paulista caiu nas oitavas de final, superada por Yuling Zhu (19ª), de Macau, por 3 sets a 1, com parciais de 7/11, 12/10, 7/11 e 5/11.

O WTT Star Contender de Liubliana dá 600 pontos ao campeão e tem premiação de US$ 300 mil (R$ 1,6 milhão).

Lula lamenta morte de oito pessoas em queda de balão em Santa Catarina

Por MRNews

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota oficial para lamentar a queda de um balão em Santa Catarina que deixou oito mortos e colocar o governo federal à disposição das vítimas e autoridades locais.  

“Quero expressar minha solidariedade às famílias das vítimas do acidente ocorrido com um balão na manhã deste sábado em Santa Catarina. E colocar o governo federal à disposição das vítimas e das forças estaduais e municipais que atuam no resgate e no atendimento aos sobreviventes”, diz o texto da nota, que foi publicada também nos perfis verificados de Lula nas redes sociais.

A tragédia ocorreu por volta das 9h na cidade de Praia Grande, famosa pelos passeios de balão sobre os cânions de grande beleza cênica da região, que fica próxima ao Parque Nacional de Aparados da Serra e ao Parque Nacional da Serra Geral.

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Balão pega fogo e cai em SC; 8 pessoas morrem e 13 sobrevivem

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o balão pega fogo no ar antes de despencar no solo.

O governador Jorginho Mello confirmou, às 11h, que havia 21 pessoas no balão de ar quente, das quais oito morreram e 13 sobreviveram e foram encaminhadas a hospitais da região. As vítimas da tragédia ainda não foram identificadas.

Quatro em cada 10 brasileiros já foram alvo de fraudes pela internet

Por MRNews

Um levantamento feito para o relatório semestral Global de Tendências de Fraude Omnichannel da TransUnion mostrou que 40% dos brasileiros já foram alvo de fraudes por e-mail, internet, telefone ou mensagens de texto e 10% dos pesquisados disseram ter caído nos golpes. As perdas atingiram uma média de R$ 6.311.

Os dados mostram ainda que 53% dos entrevistados globalmente foram alvo de esquemas fraudulentos por canais como e-mail, internet, telefone e mensagens de texto entre agosto e dezembro de 2024. E ao menos 47% dos entrevistados disseram não reconhecer que foram alvos desses golpes.

Segundo o levantamento, o golpe mais relatado é o vishing, quando os criminosos realizam ligações telefônicas simulando representar empresas legítimas, como operadoras de celular, planos de saúde ou instituições financeiras, para induzir a vítima a fornecer dados confidenciais, como senhas bancárias, números de cartão de crédito, CPF, entre outras informações pessoais.

Distribuidoras de energia alertam sobre riscos de fogueiras e balões

Caso Adalberto; Polícia revela detalhes crueis sobre caso no Autódromo de Interlagos

Pelo menos 29% dos entrevistados (13.387 adultos em 18 países e regiões) relataram prejuízos financeiros em decorrência de golpes no último ano, com uma perda média de US$ 1.747, o que equivale a R$ 10.683, na cotação do dia da pesquisa. 

A Geração Z, os nascidos entre 1997 e 2010, foi a que mais relatou perdas (38%), enquanto os Baby Boomers,os nascidos entre 1946 e 1964, foram os que menos relataram (11%) perdas.

“A evolução das fraudes exige que as empresas estejam sempre um passo à frente, inclusive ajudando a conscientizar sobre golpes como o vishing. É importante destacar que, assim como em outros golpes de engenharia social, o objetivo final dos fraudadores é obter informações ou acessos privilegiados para cometer fraudes financeiras”, explicou o gerente de Soluções de Prevenção à Fraude da TransUnion Brasil, Wallace Massola.

O estudo também revelou que houve o aumento de 11% nas transações financeiras suspeitas de tentativa de fraude digital em 2024, na comparação com 2023. Entre os tipos de fraude digital com crescimento mais acelerado a invasão de conta foi o mais relatado, com aumento de 20% ante o ano anterior.

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Segundo Massola, com os modelos de prevenção a fraudes transacionais se tornando cada vez mais eficazes após anos de aprimoramento, os fraudadores têm mudado seu foco para processos de invasão de contas. 

“Esse tipo de fraude representa um desafio crescente para as empresas. Para enfrentar essa ameaça, é essencial investir em tecnologias avançadas de monitoramento e autenticação, além de considerar soluções robustas de avaliação de risco de dispositivos e behaviour analytics”, disse.

O índice de fraude digital do Brasil foi de 5,4% em 2024, acima da média global, ficando ao lado de países como Canadá, Colômbia, República Dominicana, Hong Kong, Índia e Filipinas. 

A taxa média de tentativas suspeitas de fraude em transações realizadas por consumidores dentro do Brasil foi de 6,1% em 2024, a sexta mais alta entre os quase 20 mercados analisados.

De acordo com o documento, 59% dos consumidores entrevistados afirmaram que trocariam de empresa em busca de uma experiência digital melhor, incluindo segurança de dados. Para 77% dos entrevistados, ter confiança de que seus dados pessoais não serão comprometidos é um fator muito importante na hora de escolher com quem fazer negócios ou comprar online.

O relatório aponta ainda que 34% dos entrevistados no mercado global realizaram mais da metade de suas transações pela internet (mesmo percentual de 2023). Outros 62% afirmaram que preocupações com fraudes são o principal motivo para não voltarem a usar um site. Quase metade (48%) relatou ter abandonado um carrinho de compras online por suspeita de fraude ou preocupações com segurança.

No caso de aplicações para obter produtos financeiros ou de seguros feitas online, a maioria (51%) das pessoas disse ter desistido por razões que envolvem tanto segurança quanto experiência na jornada de compra, com 46% desistindo após excesso de informações solicitadas, 41% por não confiarem na segurança dos dados pessoais e 38% por acharem o processo frustrante. 

No Brasil, 40% das pessoas disseram que não confiaram na segurança dos dados ou consideraram excessivo o volume de informações exigidas e, por isso, deixaram de comprar ou contratar um serviço online.

“Proteger os dados dos consumidores é inegociável. Com o aumento dos riscos em todos os canais, o investimento em prevenção à fraude é estratégico e se torna um dos grandes diferenciais competitivos. Tanto para reduzir atritos desnecessários com o consumidor quanto para evitar impactos reputacionais para as organizações”, ressaltou o vice-presidente de Soluções da TransUnion Brasil, Claudio Pasqualin.

Segundo a pesquisa, ambientes de comunidades, como sites de relacionamento e fóruns virtuais, registraram a maior taxa global de tentativas suspeitas de fraude digital em 2024, com quase 12%, o que significa um aumento de 9% no volume em relação a 2023. Em seguida, aparecem os jogos eletrônicos (11%), jogos online como apostas e pôquer (8%) e o varejo (8%), completando o ranking dos segmentos mais afetados. No Brasil, as comunidades também foram o segmento com a maior taxa de suspeita de fraude digital, com 15,2%.

Massola explicou que os fraudadores aproveitam a confiança inerente às plataformas de interação social, como aplicativos de relacionamento, para enganar os usuários, criando perfis falsos e construindo um relacionamento aparentemente genuíno, manipulando emocionalmente as vítimas.

“Uma vez conquistada a confiança, os criminosos solicitam informações confidenciais ou dinheiro, alegando emergências ou situações pessoais difíceis. Esse método de exploração não apenas compromete dados privilegiados, mas também pode resultar em perdas financeiras significativas para aqueles que acreditam estar seguros nas comunidades online”, alerta Massola.

governo gaúcho vai liberar R$ 60 milhões para cidades afetadas

Por MRNews

O governo do Rio Grande do Sul vai liberar R$ 60 milhões do orçamento estadual para ajudar as cidades gaúchas atingidas pelas fortes chuvas desta semana a reparar parte dos danos causados pela força das águas.

A medida foi anunciada pelo governador Eduardo Leite, nesta sexta-feira (20), após uma reunião com prefeitos e outros representantes de 25 municípios da região central do estado. O encontro, na cidade de Santa Maria, terminou perto do fim da manhã.

Ao debater com os prefeitos presentes à reunião as medidas emergenciais necessárias à reconstrução da infraestrutura afetada, Leite prometeu destinar R$ 30 milhões para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) recuperar trechos de rodovias estaduais danificados pelas chuvas e conservar essas mesmas vias.

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Os outros R$ 30 milhões serão direcionados pela Defesa Civil estadual, por meio do modelo fundo a fundo, diretamente às prefeituras que declararem situação de emergência. Até esta manhã, 98 dos 497 municípios gaúchos já tinham reportado à Defesa Civil estadual que foram de alguma forma afetados por alagamentos, deslizamentos e outras consequências dos temporais.

“A prioridade é garantir agilidade. Não vamos esperar relatórios detalhados para começar a apoiar [os municípios]. Vamos repassar, de forma emergencial, R$ 100 mil para cada município que decretar emergência. Depois, conforme os danos reportados, poderemos ampliar esse valor”, afirmou Leite.

Presente à reunião com o governador, o prefeito de Santa Maria, Rodrigo Decimo, destacou que as prefeituras precisarão do auxílio do governo estadual para lidar com a situação. Na cidade, até esta manhã, mais de 600 pessoas tinham sido diretamente atingidas pelas consequências das chuvas desta semana.

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Bombeiros são acionados para fazer resgate no município de São José do Caí – Foto: Alexandre Pessoa/Divulgação

“A união de esforços com o governo do estado é crucial neste momento tão difícil”, afirmou Decimo, em nota. “Decretamos situação de emergência para acelerar o apoio às pessoas afetadas em Santa Maria. Nossas prioridades absolutas são a segurança e o amparo a cada família, e nossas equipes seguirão em campo, de forma integrada, pelo tempo que for necessário para garantir o bem-estar de todos.”

Até as 9h de hoje, a Defesa Civil estadual contabilizava ao menos 4.011 pessoas desalojadas e 2.005 desabrigadas em todo o estado. É considerado desalojado quem teve que deixar o local onde mora e se alojou temporariamente na casa de parentes ou amigos, hotéis ou pousadas. Já os desabrigados são aqueles que precisaram ir para abrigos públicos ou de instituições assistenciais.

As chuvas desta semana também causaram ao menos três mortes nas cidades de Sapucaia do Sul; Nova Petrópolis e em Candelária, onde um homem está desaparecido desde a terça-feira (17). Um quarto óbito, ocorrido em Santa Tereza, na Serra Gaúcha, na tarde desta quinta-feira (19), está sendo tratado como decorrente de um acidente de trânsito pelas autoridades estaduais.

Mais de 550 pessoas e 125 animais precisaram ser resgatadas em todo o estado. A prefeitura de Jaguari decretou estado de calamidade pública e outros oito municípios, situação de emergência: Agudo; Cacequi; Cerro Branco; Cruzeiro do Sul; Dona Francisca; Nova Palma; Passa Sete e São Sebastião do Caí.